Residentes e suas famílias celebram a alegria de viver no Centro Pastoral Universitário

No passado sábado, encerramos, da melhor forma, mais um ano no Centro Pastoral Universitário, juntando aos residentes a sua família e os amigos para festejar e celebrar com a mesma emoção tudo o que ao longo do ano foi vivido. Uma tradição que a Pastoral Universitária tem desde que abriu esta residência do CPU.

O dia começou com a celebração da eucaristia, presidida pelo nosso diretor Pe. Eduardo Duque e preparada por nós, residentes, agradecendo todas a bênçãos que nos foram concedidas ao longo deste ano académico. Em verdadeiro ambiente de partilha e comunhão, o serão foi bem animado com algumas apresentações artísticas dos residentes e com a animação de jogos entre pais e filhos, que muito entusiasmou a todos. Um ambiente alegre, de muita comunhão e cumplicidade, próprio desta casa, que a todos recebe como família. E é isto que nos leva a sentir o CPU como a nossa segunda casa, onde vivemos com aquela que passa a ser a nossa segunda família.

Tal como referiu a mãe de uma das residentes no momento de ação de graças da eucaristia “eles (residentes) encontram diariamente, neste sítio, não apenas um abrigo físico e material, mas também um abrigo espiritual e imaterial. Através das vivências que experimentam no CPU, também a nós pais nos é permitido rever e consolidar valores de fraternidade e amor ao próximo, que, por vezes, na azáfama e exigência do dia a dia, se vão desvanecendo. Aqui também reforçamos o nosso espírito de missão como pais e como cidadãos, levando uma maior consciência de que o caminho se faz com amor, perdão, gratidão e esperança.

A felicidade que senti durante esta festa foi o culminar do que senti durante todo o ano ao viver nesta residência e é também um sentimento partilhado pelos nossos pais que reconhecem nesta casa o porto seguro para os seus filhos.

Conheci o CPU através de uma amiga, mal eu sabia que este local se iria tornar no verdadeiro significado da palavra Casa. Sabia que entrar na universidade, chegar a uma cidade que não a minha, deixar o conforto da família e amigos e partir sozinha para estudar ia ser uma aventura difícil, e foi, sem dúvida. Contudo, encontrei no Centro Pastoral Universitário o aconchego que precisava para me adaptar, desde as primeiras interações como nova residente desta casa, onde me foi proporcionada a oportunidade para desenvolver certos dons, que até então estavam adormecidos em mim, para além de aprender a comunicar e a lidar com pessoas que não conhecia. Como se costuma dizer, tudo é mais fácil quando trabalhamos em equipa, e não podia ter experimentado isso de outra forma. Vivemos em união e ajudamo-nos mutuamente aproveitando o que de melhor cada um tem. Aqui somos levados a colocar ao serviço do outro as nossas melhores qualidades e a descobrir no outro o profundo sentido da fraternidade.

Nesta Casa tive a minha primeira experiência de voluntariado, que me permitiu perceber a diferença que fazemos na vida uns dos outros, aprendi que para isso não precisamos de fazer coisas extraordinárias, só precisamos de fazer algo muito simples, estar presente para os outros. Esta experiência mudou a minha vida. Aprendi a valorizar as pequenas coisas e apercebi-me do quão preconceituosos podemos ser em certas situações. Esta oportunidade de fazer voluntariado, proporcionada pela Pastoral Universitária, tornou-me uma pessoa mais preocupada e compreensiva, mais tolerante e atenta.

O CPU é um local diferente de todos os outros. Nesta casa partilhamos experiências, partilhamos culturas, partilhamos com os outros a nossa vida, partilhamos a nossa fé e crescemos com o modo de viver de cada um, tornamo-nos irmãos, mesmo sendo provenientes de diferentes terras e filhos de diferentes pais. Isto é o CPU, um lugar que nos permite crescer de uma forma mais fácil, mais madura e corresponsável com os outros e viver esta etapa universitária acompanhada de pessoas que nos fazem verdadeiramente felizes.

Só posso estar grata pelo que vivi este ano e aguardo com entusiasmo o próximo ano académico. 

Sara Azevedo, Licenciatura em Educação, UMinho 

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