Importância do voluntariado na vida dos universitários


Voluntários do Projeto ICHTUS, Projeto Sementes e Voluntariado Local, projetos que decorrem no âmbito da Pastoral Universitária de Braga, estiveram presentes, no dia de ontem, na celebração do Dia Mundial das Missões, na Igreja dos Terceiros.

Naquela que foi a oficialização do término de um ciclo missionário, viram-se rostos de dezenas de jovens universitários que, não obstante a sua vida académica, se dedicaram, neste ano letivo, ao serviço do outro. São jovens que, com a sua prudência, acreditam que o mundo se vai pintando com as cores que querem e que delas surgem outras tantas que nunca pensaram existir. Jovens que, enfrentando os seus medos e acreditando nos seus dons, fizeram do lugar do outro, um espaço de transformação para este e para os próprios.

“Serviço”, “agradecimento” e “compaixão” foram as palavras de ordem na cerimónia de ontem que contou com a presença do padre Eduardo Duque para a recordação daquilo que une cada um destes jovens – uns acabaram por partir para países como Cabo Verde e Guiné-Bissau, outros não duvidaram quando lhes lançaram o desafio de pisar a terra sagrada de Jerusalém, e outros, por acreditarem que o voluntariado também se faz em Portugal, deixaram o seu coração em abraço com os que encontraram por cá. Todos eles trazem histórias para contar. Trazem num frasco as lágrimas que colheram e sopram com o vento os sorrisos que receberam. Levam-nos, não só para locais distantes, mas plantam-nos cá por perto, para que outros possam fazer da sua felicidade, a felicidade de mais alguns.

E lembraram-se as famílias. Lembraram-se as famílias que, tão valentes quanto estes jovens, decidiram acompanhá-los nesta sua caminhada e permitiram-se transformar também com o que os ombros deles carregam agora das suas experiências.

Não podia a cerimónia terminar sem aplausos a todos estes bravos. Foram aplaudidos de pé pela sua perseverança e ousadia. E de pé se acredita que continuarão a caminhar nesta aventura missionária que, por ser a mais assustadora, é a mais corajosa e cheia de graça também. Pede-se que não voem com pressa, mas que voem. Pede-se que contem os segredos que descobriram, mas que não os contém todos. Pede-se que levem como lembrete as pessoas que conheceram e que escrevam nos bancos do jardim os nomes daqueles heróis que, por uma razão ou por outra, os fazem continuar a sonhar e a querer ser mais missão!

Raquel Martins
6.º ano de Medicina, da Universidade do Minho

In Diário do Minho



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